ACALANTO
Os vaga-lumes tentando encontrar suas
amadas, a lua escondendo-se entre as
nuvens como de costume, e eu procurando
A razão de estar sozinho.
Sou uma sombra que caminha
Sem destino perdido no turbilhão dos
Meus pensamentos que são fiscalizados de
Perto pelo poder do silêncio.
Sou como um pedaço de papel que
sempre esteve perdido ao sabor
de qualquer vento, sou alguém
Que procura o acalanto de minha alma.
Sou aquele que almeja uma cama
Abençoada de maravilhosos sonhos,
Uma daquelas que não permita
Que eu desperte na madrugada...
Enfim, sou um dos muitos que vivem
A sonhar acordado, que beijam faces
Que não existem que abraçam fantasmas
Por viver na exuberância do nada...