DIVINO TEMPORAL

DIVINO TEMPORAL

Eis que irrompe em trovão sem aviso.

Ecoando e quebrando o imane silêncio.

Ressonante acústico compasso preciso.

No coração és da tormenta prenúncio.

Rutilam raios que cegam os olhos,

Ensandecer brilhar incandescente.

Visão confusa piscando em fachos.

Relâmpagos que ofuscam a mente.

Torrencial cascata despenca do céu.

De sensações o verdadeiro dilúvio.

Tempestade que vem como alívio.

Pelo amor que escorre em seu véu.

Das sinapses a paixão é relâmpago.

Nas veias tempestade em ebulição.

Sacro temporal que atinge o âmago.

Pois no peito o que pulsa é trovão.