CHINELO VELHO

São pelos faróis da cidade

Que me vejo na insanidade

Da maldita da cachaça

Dormindo na sarjeta da rua

E namorando com a mãe lua

As vezes declamo na praça

Com chinelo velho furado

Escrevo poema rimado

A platéia me presenteia

Com a esmola do meu sustento

Embora com certo talento

Já fui preso na cadeia

Apenas por ser vagabundo

Quando ando pelas ruas, imundo.

Meu amor me abandonou

Me negando o seu conforto

Não tenho onde cair morto

Só a cachaça que me sobrou!

Escrito as 19:57 hrs., de 05/12/2015 por

Nelson Ricardo

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 05/12/2015
Código do texto: T5471189
Classificação de conteúdo: seguro