Fazer o que...
Quem sabe você não consegue dormir, como eu...
Quem sabe os matizes azulados de seus olhos cristalizem-se,
quando no espelho você se olha e não se vê?
Quem sabe a distância de tanto doer se canse,
quem sabe um coração bipartido cesse
de bater separações
e passe a bater constância de querer-se?
E se de tanto procurar o ângulo certo do seu mirar
em miles e miles de fotografias
e de sorrir de volta, feito uma tola,
tonta de uma doçura que me pertence e eu sei...
E se amanhã ao me virar no leito
quando o sol da manhã adentrar a janela
eu esbarrar teu corpo?
E se?
Deu-me o coração três voltas celestes em minha boca ao ver-te
e sim, amo-te
fazer o que...