AS MARCAS QUE FICARAM DEPOIS DO AMOR.

Sempre que eu estou em teus braços, vejo os teus traços em lineamento, e não esboço nenhum argumento, pois sinto que um vento me aprisiona com um laço, nesse espaço que se abre em uma frente do tempo que se desfolha, por uma escolha que reflete o nosso compartilhamento, por entre caminhos que nos liberta, e nos aquece com uma coberta de contentamento, essa descoberta de que somos iguais em paixão, e que nos desperta a emoção desse nosso todo entendimento.

Eu sinto que há um Amor exarado em teu coração, e essa sensação de paz que te faz adormecer em meu peito, entre os lençóis do nosso leito, afeito a nos aquecer, é assim como recolher pétalas de uma rosa, com a tua preciosa mão que vem me acolher, e transformar uma aflição, em pura demonstração de prazer.

Ah! Como eu desejo ser o sopro do teu ar, te acalentar até me afogar na tua paixão, e fazer um acordo com o teu coração. Como eu queria mesmo sem asas voar, te arrancar do meu sonho e te tornar realidade, florescer na tua vida com suavidade, e mesmo sabendo que eu não viveria sem a tua companhia, eu urdiria o tempo na tua vacuidade, e te resgataria como minha amante pela plena potestade.

E mesmo quando eu estiver com o meu cabelo todo branquejado, o dourado do sol me iluminará, e me fará aninhar nos teus braços, em um abraço louco e emocionado, afogado nos teus beijos e nos teus gritos em fragor, até no dormir pele a pele implorando o teu calor, para depois expor as marcas deixadas depois do nosso Amor.

E foi nesse mar azul do teu atrevimento, no momento em que o suor tempera o nosso corpo pelo efeito sal, nesse colóquio confidencial, onde o gosto é posto a contraluz do nosso quarto, esse parto enunciado do nosso complemento, pelo esprovamento do nosso viver, qual a esse ritmo frenético imposto em nosso incitamento. Eu vou te prover em meu acolhimento, te abastar com todo o meu sentimento de paixão, me enlouquecer com a tua mão em minha mão, até ver rompendo a trégua da nossa quietação, e nos encontrar na vereda do coração.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 05/12/2015
Reeditado em 01/12/2017
Código do texto: T5470814
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.