Prova de amor.
Caverna úmida,desabitada.
Chão,cheio de rastros e cheiros teus
Mata fechada,matando em mim...
A saudade de nós,dos beijos meus.
Pernas e braços.
Peles e mãos...
Sôfregos apêlos,gemendo
Nãos...
Gemendo linguas acesas,
Corpos em brasa.
Em cima da mesa...
O teu cigarro,a chave do carro
Dizendo..."sem adeus"...
Dedicatórias e memórias tuas.
Lençóis em desalinho
O nosso ninho
Tão genuíno...
Eu tão mulher,você tão menino meu.
Você tão inteiro e eu pela metade
Dos prazeres teus,deliciosas vontades
Do homem feroz...
Da malícia atroz,das delícias tuas.
Invadida,abastecida...
Rumo... ao que virá
de nós dois.