ALMA TORTURADA
Sou a alma que vagueia torturada
Pela estrada fria do desamor
Estou cega demente não enxergo nada
Aflita busco por um fim em minha dor.
Nesta viagem onde rastejam os errantes
Quimeras perdem-se solenes pelo caminho
Nada se diz nesse silêncio reinante
Sem ter a mão consoladora do carinho.
Sigo as várzeas escuras do destino
Feitas de pedras onde caio tropeçando
Grito meu verso esmagado em desalinho
Conduzindo-me à lembranças que reclamo.
Lembrar um rosto de sorriso altivo e falso
É minha sina nesse vácuo onde me afundo
Subo ereta no topo do cadafalso
E minha cabeça ofereço ao porco Mundo.