ALMA TORTURADA

Sou a alma que vagueia torturada

Pela estrada fria do desamor

Estou cega demente não enxergo nada

Aflita busco por um fim em minha dor.

Nesta viagem onde rastejam os errantes

Quimeras perdem-se solenes pelo caminho

Nada se diz nesse silêncio reinante

Sem ter a mão consoladora do carinho.

Sigo as várzeas escuras do destino

Feitas de pedras onde caio tropeçando

Grito meu verso esmagado em desalinho

Conduzindo-me à lembranças que reclamo.

Lembrar um rosto de sorriso altivo e falso

É minha sina nesse vácuo onde me afundo

Subo ereta no topo do cadafalso

E minha cabeça ofereço ao porco Mundo.

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 30/06/2007
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