MATURIDADE

Alma imatura que sonha sandices.

Amar não é como dizem,

Se assim o fosse,

Pássaros não precisariam voar.

O amor, como tudo, passa...

Cabe-nos adequá-lo ao nosso destino,

Não atrás da lógica emotiva,

Ou criando utopias.

Passa-se amor no papel,

Dilui-se em nossos dias.

Como uma poesia

Da qual o poeta se adona,

Mas que nada lhe pertence.

Amar é tátil, não fácil, não fóssil,

Embora antigo...

Amar é vender o corpo ao desejo

E negar qualquer princípio de moralidade.

Explicar o amor

É querer que os ponteiros do relógio andem

Sem contar as horas.

Deve-se temer quem ama,

Amor é vida,

E é morte.

Quem sente saudade não ama,

Amor é intrínseco,

Não faz falta

Porque nunca falta.

Rei destronado

Em terras desconhecidas.

O espaço entre a loucura

E a lucidez.

Certa vez,

O amor questionou a si mesmo,

Se como, por inteiro,

Poderia não ser verdadeiro?

E, por juras sacramentadas,

Prostou-se ante a pessoa amada,

Uma estrela desgovernada

Cegou-lhe os olhos,

E a manhã que tardava virar dia,

Aquietou-se em madrugada.

No princípio,

Todos os anjos colaboram,

Mas quedam-se as harpas

Diante da primeira chama.

Na célula do silêncio

Flutua o dia de hoje,

Como se o agora

Já fosse passado.

Amor não se multiplica,

Se divide.

Amar não é culpa,

É perdão.

Amar não é dívida,

É doação.

Amar não é cérebro,

É coração...

"Existe os que dão sem receber, os que pedem sem se dar e os que apenas insistem com palavras, deixando um vão enorme entre a realidade e o ilusório, pois a fraqueza de seus corações os levam a pensar mais do que agir; amar é movimento e ação, sem isso, esgota-se o oxigênio, e, por fim, a própria vida."

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 29/11/2015
Código do texto: T5464661
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