POROS

Por todos os poros quero suspirar amor,

Quero amar, amor, quero amar-te.

E mais, na tua pele envergonhada,

Não ser indiferente ao nada

Que dizes então viver.

Ao contrário, quero crescer

Em teu peito, como a fome,

O desejo insaciável de beijar-te

E fartar-me com tua saliva.

Ser de todo teu,

No apogeu em que a saudade de um minuto

Representará a minha eternidade.

Serás a verdade das minhas fantasias

E aquela lua roubada de um mar

Que me fará sentir a profundidade

Dos sentimentos vividos.

Quero amar-te, amor, quero mais,

Quero ungir-me com teu néctar

E sobrevoar universos de encantamentos.

Por todos os ventos, jurar,

Amar-te, amor, amar-te.

Há um dia para cada hora,

Nas pequenas frações

Em que corações se dividem,

Que os nossos se divirtam.

Quero a felicidade de um lugar estreito,

Onde somente dois corpos possam ocupar.

E que a transparência dos teus olhos

Para sempre fique naquela fotografia,

A imagem do quanto é bela a poesia

E quanto é sincero esse querer.

Não, não quero nunca esquecer,

Sequer dos tropeços que todo começo têm.

Que seja além, o nosso amor,

Além da vaidade e ambição,

E sim, na humildade do coração.

Aquela mesma canção

Irá tocar quantas vezes quisermos ouvir

Sem cansar da melodia que embala

Nossos corpos a dançar pelo salão.

Quero amor, quero amar-te,

E ter nas mãos todos os anéis

Que ligam o corpo ao espírito,

Para que nosso amor seja completo,

E por escrito.

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 28/11/2015
Código do texto: T5463214
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