Devolva-me

Será o instante em que te afago

O silenciar do fadado beijo

O cansaço feito ardil companheiro

A tombar-me aos ombros sentidos inteiros

No meu peito descansa em devaneio

O sonhar do reencontro de outrora

Que desfalece à memória

E que me dói aos prantos como anseio

Se me queima em brasa viva

No teu colo e jeito manso

Ao olhar –me desejando, devorar-me por inteiro.

Cuide do amor que tenho,

me alertava em tom penoso

E agora sofro o pós intento,

De um esquecer-te laboroso.

G R
Enviado por G R em 25/11/2015
Reeditado em 25/11/2015
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