Devolva-me
Será o instante em que te afago
O silenciar do fadado beijo
O cansaço feito ardil companheiro
A tombar-me aos ombros sentidos inteiros
No meu peito descansa em devaneio
O sonhar do reencontro de outrora
Que desfalece à memória
E que me dói aos prantos como anseio
Se me queima em brasa viva
No teu colo e jeito manso
Ao olhar –me desejando, devorar-me por inteiro.
Cuide do amor que tenho,
me alertava em tom penoso
E agora sofro o pós intento,
De um esquecer-te laboroso.