FRÁGIL
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Seu amor era tão frágil,
Não resistia a um sorriso
Ou a um belo gingado...
Do inferno ao paraíso
Vivia ela, ao seu lado.
Morria de amores num dia,
E no outro, só matava.
Mas logo, ela arrefecia,
E o perdão concedia;
Liquefazia-se o fel
No brilho de um novo anel.
Nos braços dele, esquecia,
Mas à noite, o raio branco
Do luar o despertava,
E assim, ele partia
E sozinha ela acordava...
Seu amor era tão frágil,
Parecia um vento frio
Que soprava, descuidado,
Sobre as águas de um rio,
Mal deixando-o encrespado.
Era só o que ela tinha,
Ou o que pensava ter...
E sumia, a cada dia,
Tentando permanecer.
Bebia o doce veneno
Daquele amor obsceno
Que só fazia matar,
Que só fazia morrer!
Imagem: Ana Bailune
Interação de
No brilho de um novo anel
sobrevive um grande amor
esperança de calor
no perdão concedido
o amor não perdido
no séquito não esmorecer
para um dia aparecer
leva na alma a beleza do querer
lacre luminoso
um dia talvez ser.
De
Sobre amores tudo e nada à dizer, amo palavras, sentidos e sentimentos como os expressos por seu apalavrinhar poético:
À PENSAR:
Amor reflexivo: parte de um todo que fica.
Amor repulsivo: parte de um todo que amplifica.
Amor expressivo: parte de um todo que modifica.
Amor paliativo: parte de um todo que clarifica.
Amor cognitivo: parte de um todo que retifica.
Amor implosivo: parte de um todo que significa.
Amor assertivo: parte de um todo que pacifica.
UM DESEJO POR REALIZAR
De
Um amor fora da alma,
Comandando por prazeres...
Interfere nos afazeres,
Nos faz perder a calma...
Embora traga ressalvas,
Parece ser nossa vida...
Junto a pessoa querida,/
É um bem que não se salva...