Conclamação
Sou uma sonhadora
Fragmentada por um clandestino amor
Que conclama sem pudor
Pelos doces devaneios de visão reveladora.
Se de mel vive meu paladar
De fel já sofreu meu coração
Que tanto relutou em oração
Mas entregou-se irrestritamente para amar.
Oh bem amado céu de meu viver,
Que faço agora com tão sólida dúvida?
Me vou ou fico pra te ter?
Ó sã consciência ida,
Que pretendes com meu sofrer?
Abarcar minhas certezas ou despir-me em ilusão falida?