SER
Ser a poesia como ela nos chama, como ela nos faz sentir é ser. É ser a própria vida sem que ela não nos permita a mentira.
Ser os corpos acesos de calor intenso e ser a maresia de um mar imenso.
Ser a vida, um pouco da morte que nos assusta, que nos olha cara a cara, que nos faz maltrapilho e ao mesmo tempo nos ensina a viver.
Ser a paixão intensa, mesmo que a intensidade seja breve. Ser a razão de ser mesmo sem razão.
Ser, simplesmente, ser.
Uma intensidade ou uma saudade, mesmo que seja de um amor que prometia nunca acabar e foi diluído feito um remédio que nunca fez efeito. É preciso ser.
Ser como a gente gostaria que fosse. Com ou sem segredos mas sinceramente ser.
Ser o mar que nos leva pra tão longe pra que a gente possa sempre voltar.
Ser o céu com todos os seus mistérios, com todas as suas estrelas, ou ser apenas um foco de luz num anoitecer.
Tudo é ser.
Ser é uma poesia, é viver uma poesia.
Ser é ter perdão e se fazer compreensível e desesperadamente ser.
Ser talvez seja a vontade absurda de querer flutuar nas espumas brancas das coisas que ainda buscamos.
Ser é a poesia.
E a vida toda nada mais é do que um grande poema que teimamos em acreditar, viver e ser.