Banco de rua
Sento num banco, discreto,
Meus olhos só veem concreto,
Porque concreta é a vida.
Ao meu lado, pousa um inseto,
Eu o observo – olho quieto,
É outro curando ferida...
No fundo, somos iguais,
Do mesmo reino dos animais,
Mas ele respira inseticida...
Na fumaça dos canos dos carros,
No cheiro mortal dos cigarros,
Respiro também o que mata a vida...
Somos filhos da Mãe Natureza,
Mas tornamos a vida dureza,
Num reino que não soubemos reinar.
As pessoas passam, apressadas,
Nem percebem que morrem sufocadas,
No ar que não deveriam respirar.
Sento num banco, discreto,
Meus olhos só veem concreto,
Porque concreta é a vida.
Ao meu lado, pousa um inseto,
Eu o observo – olho quieto,
É outro curando ferida...
No fundo, somos iguais,
Do mesmo reino dos animais,
Mas ele respira inseticida...
Na fumaça dos canos dos carros,
No cheiro mortal dos cigarros,
Respiro também o que mata a vida...
Somos filhos da Mãe Natureza,
Mas tornamos a vida dureza,
Num reino que não soubemos reinar.
As pessoas passam, apressadas,
Nem percebem que morrem sufocadas,
No ar que não deveriam respirar.