Dança (i)mortal
Eu fico tentando te desvendar.
Sigo suas pistas.
Faço promessas inconfessáveis a Deus e antes dele, a seres malévolos.
(Desafio a todos mentalmente)
Exausto durmo.
No sono, sonho sonhos estranhos que me perturbam por vários e vários dias...
Até mesmo neles, no mundo etéreo, eu fico tentando te desvendar.
Eu te vejo on line.
Já te bloqueei, desbloqueei, excluí, desisti, te adicionei de novo.
Você mexe com a minha libido, acaba com meu orgulho, arrasa meu coração.
Eu gosto da monotonia triste do meu dia a dia e até isso você tira com seu olhar.
Entre estas suas vestes de odalisca, te vejo princesa, bruxa, sacerdotisa, meretriz, jovem, anciã...
Com todas elas tenho um romance diferente, um caso de amor.
Eu fico tentando te desvendar, tirar esse véu do seu rosto, que pro meu desgosto, nunca de você se separa.
Eu caio direitinho em sua armadilha, tal qual miragem no Saara.
Todos estes séculos, eu fiquei tentando te desvendar.
Você zombava de mim, com o seu charme salutar.
Sete vidas eu vivi, sete notas, sete mares, sete céus.
Você que se desvendava calmamente, eu morria novamente, na dança (i)mortal dos seus sete intocáveis véus.