* E ali, o tempo parou! *

"...Nas noites frias de outono,

Somos o mistério que permeia a escuridão...

O fogo ateado na lareira,

Era a única fonte luminosa.

No "tilintar" das brasas incandescentes surgiam pequenas estrelas...

O silêncio tomava conta...

As taças de vinho sobrepostas sobre a pequena mesa...

Lá fora o vento, e a brincar com ele, o Sino de seus próprios ventos...

Melodias entoavam como se fossem anjos tocando naquela noite solitária...

Dentro do aconchego, nos fizemos abrigo...

Dois pares de olhos castanhos, que a luz do fogo, tornaram-se terracota.

E ali, o tempo parou!

Perdidos entre olhares, a eternidade se fazia....

Tudo girava ao redor do tempo, que até o relógio esqueceu de marcar....

Uma dança enunciada....

Duas silhuetas entrelaçadas, que em meio a pouca luz, tornavam-se una....

Sorrisos tímidos...

Afagos nas mãos...

Carinhos trocados...

Sussurros abafados...

E sem que dissessem uma palavra...

Tomaram o rumo do quarto..."

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 18/11/2015
Código do texto: T5453164
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.