* E ali, o tempo parou! *
"...Nas noites frias de outono,
Somos o mistério que permeia a escuridão...
O fogo ateado na lareira,
Era a única fonte luminosa.
No "tilintar" das brasas incandescentes surgiam pequenas estrelas...
O silêncio tomava conta...
As taças de vinho sobrepostas sobre a pequena mesa...
Lá fora o vento, e a brincar com ele, o Sino de seus próprios ventos...
Melodias entoavam como se fossem anjos tocando naquela noite solitária...
Dentro do aconchego, nos fizemos abrigo...
Dois pares de olhos castanhos, que a luz do fogo, tornaram-se terracota.
E ali, o tempo parou!
Perdidos entre olhares, a eternidade se fazia....
Tudo girava ao redor do tempo, que até o relógio esqueceu de marcar....
Uma dança enunciada....
Duas silhuetas entrelaçadas, que em meio a pouca luz, tornavam-se una....
Sorrisos tímidos...
Afagos nas mãos...
Carinhos trocados...
Sussurros abafados...
E sem que dissessem uma palavra...
Tomaram o rumo do quarto..."