eu sozinho não preencho

fecho as janelas de meu quarto

para que a poeira derivada

da obra na casa de cima

não entre no recinto

e encha tudo de pó e sujeira

forro a cama

guardo as roupas

que estão sobre a cama

e leio novamente aquele poema

que escrevi pra você em um guardanapo

foram tantos, hein?

e eu nem tenho a intenção

de parar de te cobrir

de toda a poesia

que brotar de mim

observo a cama

o guarda-roupa

o chão

a janela

o espaço

sei que tudo isso

seria melhor aproveitado

se fosse partilhado

por nossos corpos e alma

em conjunto.

Daniel Matos
Enviado por Daniel Matos em 17/11/2015
Código do texto: T5452064
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.