MAS DIGA VOCÊ AGORA...
Como vou dizer sobre todo o mal
que sua forma de ser me causou?
Como me fez descrente de tudo
que para mim era absoluto.
Como faço para que entenda que me
deixei em um desconhecido espaço só para
estar ao seu lado e conservá-la
no topo de meu sentimento?
Quais as palavras que uso para não
ofendê-la quando exclamar da quantidade
das madrugadas que me consolaram por
entenderem meu murmúrio?
Se travesseiro falasse diria que as
reviravoltas que dei em minha cama
representavam distâncias inimagináveis
que percorri pelo mundo...
Não desejo viver em um patamar como melhor
nem magoar os sentimentos de ninguém, mas
diga você agora se não fui semelhante ao caule de uma
árvore quando o poeta assim se expressou:
"Somente ao tronco que devassa os ares o raio ofende"? ...