Reconstrução

Não te dou permissão de passear nos meus sonhos

mas, insubmissa não respeitas a regra.

Não bastasse, minha alma se encarrega de abrir o portão.

Uma vez no lado de dentro, passeias, semeias a terra

e assim, como se reconstruísse um jardim

rega todas as flores, arranca as ervas daninhas.

Da roseira, apaga a existência de cada espinho.

Antes de sair quando o dia já vem beija o meu coração

que acorda sem mais cuidado.

Cheio de esperança se aquece nas boas lembranças

pois que as outras já são esquecidas.