CHORO NO ROSEIRAL
O orvalho lambe as folhas da roseira
Eu aqui, saudosa por seus beijos, observo.
A chuva cantou para que eu dormisse à noite inteira.
As gotas pelas curvas,
foram unindo-se num lento trajeto.
O sol foi surgindo por detrás
da pele rubra da rosa solitária,
Aquecendo seus espinhos já tão frágeis,
vitimas do temporal.
Raios atravessaram o vão
entre os nossos lábios e as gotas
de orvalho alcançando o limbo,
Fez chorar todo o roseiral.