AVISO AOS NAUTAS
Não sei amar
Não nasci para o amor
Nasci para sozinha estar
Sou um canto em dor
E o perpetuo em líricas rimas
Que inebriam a quem lê
Sou cigana
Sou oblíqua
Dissimulo e você vê
E sente, percebe
Se enreda, por quê?
Mon'amour, fuja enquanto há tempo
Pois no vento meu riso dança
Flutuando em meu vestido
Lançado está o feitiço!
Amor...
Sereiando estou
Faça ouvidos moucos
Pois senão aos poucos
Naufragará
Em meus delírios
Liberte-se e desapareça
Para que eu te esqueça
E assim siga
A sina de em mim restar.