SEXO e REGALO

As luzes apagadas,

amada amiga,

as portas fecharam

verdadeira amiga,

a quem chamaremos

no escuro,

querida amiga?

Os sonhos caídos por terra,

aonde encontrar o homem puro?

a aventura no verão encerra

o período do poder

na luxúria,

a fúria dos céus

e dos magos

desperta o povo, teus

os passos morrem no eco,

damas sobem saindo dos lagos

- revivendo o novo, seco

a alma no fogo do escândalo,

o padre vândalo

rouba a fé da criança

mas, do assassino a mãe afiança

o passo, jumentas

oferecem sexo e regalo

ao dono do revólver,

o sol dorme anjo

despido do sonho é galo

o trem enferruja, é só ver,

na rua sem saída,

querida amiga, fuja,

o dia marcado

desperta briga

entre raças,

o melhor é amar-se além da conta

só assim a mulher aparece pronta.

Apagadas as luzes

querida amiga,

armaremos nossos limites

extrapolados no amor

sem costumes, amiga

no sexo e na fidelidade, quites

na valor da fadiga, da carne o nexo.

Trarei-te sob o sol do deserto

água fresca e amor louco,

pouco o escuro que entende a fé,

égua de um alazão rebelde,

estouro e festa - passagens,

estrada e noite, vagagens,

o melhor é fazermos o amor sem maldade