Lua Nova e o Novo Sol

Eis que depois de uma longa noite fria e sem agasalho, anos na escuridão, na total solidão, o céu parece ganhar uma coloração avermelhada.

Isso significava muito para ele. Sabia que as aves voltariam a cantar, as flores iria desabrochar, a água do rio estaria mais amornada, o céu voltaria ser azul, a vida voltaria ser bela.

Frio não era a noite. Ora, ora, não, não era a noite.

Seu coração frio, solitário, resfriava a noite, de sua pele emanava fios de vapor gélido.

Sim, Pablo havia sobrevivido a condições espirituais sub humanas. Desde que o último sol de sua história havia sumido no horizonte, surgindo em outro lugar no Universo das Mentes para brilhar para um outro alguém, ele havia deitado sobre uma rocha ainda quente do sol intenso.

Tão logo o sol se foi, a lua nova surgiu no horizonte oposto. As estrelas tinha um brilho fraco, como o brilho de estrelas moribundas.

Pablo construiu um casulo como uma borboleta faz. Para ele, se esconder no casulo tinha a simples e, ao mesmo tempo, complexa função de transformação. Transformação em alguém melhor.

O Novo Sol derreteu seu casulo de geada.

Na realidade, o Novo Sol era o seu amor, que desceu dos céus como um anjo, tocou-lhe os dedos quentes nos seus lábios mas mais quente foi o beijo que Novo Sol lhe deu. Pablo agora se sentia vivo novamente.

Pablo decretou que se um dia o Novo Sol resolver partir para o horizonte, ele ia o perseguir. E mesmo que o Novo Sol não o queira, ele continuará a tentar lhe encontrar, tal como a lua surge no céu quando o sol ainda está a brilhar.

Diego B Fernandes Dutra e Kaio Wendell
Enviado por Diego B Fernandes Dutra em 10/11/2015
Código do texto: T5443639
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