O leque da vida
Fortaleza, outubro de 2015
Como teu sorriso, me abro em leque
E com ele, abano a minha paixão,
Refresco o meu amor moleque
Deixando explodir a minha emoção.
Recolho de minha velha mente
Horas quentes do primeiro beijo
Que guardo em meu consciente
E assim, abandonado, me deixo.
São horas de carinho a relembrar,
Dos encontros que se seguiram
Na ideia louca de abalançar
As sensações que daí confluíram.
Nossas corpos e vidas se juntaram
Construímos castelos, firmes, puros
E neles, filhos do amor brotaram
Que revolveram da vida, os muros.
A vida é um renovar constante,
Os filhos agora são mães, pais
Que em luta feroz, beligerante
Procuram, com segurança, um cais.
Que a gigante roda viva da vida,
O longo caminho a percorrer,
Seja para eles uma bela avenida,
Sempre um venturoso alvorecer.
O ciclo da vida nunca se completa,
Sua continuidade é da natureza
E no movimento que se arquiteta
Nova geração chegará, com certeza.