A cor dos seus olhos
Eu não sei a cor dos seus olhos
Você pode me achar tola
Mas a verdade é que nunca tive coragem de olha-los
È como se, tudo ficasse branco quando você chegasse
Eu já escrevi isso antes, era outra dimensão
Mas parecia tanto, mas há uma mudança
Você é mais abstrato do que antes
È como se antes eu pudesse aplicar mais advérbios
Agora só me resta acreditar que o impossível é impossível
E sabe de uma coisa? eu me sinto feliz em acreditar no impossível
Sua perfeição são quebra cabeças insolúveis
Eu não conseguiria soluciona-los
Você já se reparou?
Já percebeu como a sua lapidação é perfeita?
Já se comparou com alguém?
Percebe como você se distingue?
Eu sei que há galáxias que separam
E é por isso que não faço questão de imaginar
È o que posso fazer, escrever apenas isso
E creia é a primeira e a última também
Eu já me livrei disso antes sabia?
Eu já saí ilesa disso
Basta imaginar mais um pouco
Imaginar que você não seja tão exato
Você conversaria comigo sobre livros?
Apostaria quem já tinha lido mais?
Aprenderia um instrumento por minha causa?
Ouviria Talking to the moon?
No piano, no violino, no saxphone?
Repugnaria as atitudes de Bovary?
Ou isso seria uma via da normalidade?
Quando olho pra você eu não vejo isso
Vejo lapidações genéticas
Causas naturais, probabilidade bem sucedida
È isso que vejo, talvez você não se lapidaria por si
Esperaria acontecer como aconteceu antes
Esperaria o universo tomar por si
E ele faria o que quisesse de você
Bem ou mal, e isso pra mim não faz sentido
Eu sei, você não sabe, mas eu lutei pelo máximo
E o máximo que você vê hoje talvez não seja ideal
Mas espere eu posso lhe contar um segredo
Eu não sei a cor dos seus olhos
E ela poderia dizer tanta coisa
Que as suas lapidações foram adquiridas
E foram moldadas com sangue
Ela poderia me responder todas as perguntas acima
E eu poderia imaginar e sonhar novamente
Sem escrever, apenas imaginar e esquecer de novo