Rosas na janela

Quero acreditar

que os anjos barrocos me amam.

Que não é o silêncio que me declama,

que a música que amo também me ama

e que sou prisioneira do sol.

Prefiro crer

que tenho as veias abertas pra vida,

pro teu amor,

e rosas na janela, e só chegadas

nunca partidas,

e que sempre cantarei

até o adormecer da dor.

Prefiro crer

no cálice vivo da aurora

nutrindo meu sangue,

minhas horas,

com todo o amor que

ilumina a imensidão.

Acredito, sim, na noite calma

no canto da minha própria alma,

sempre em saudade,

amor, ternura e canção

jamais querendo semear

a noite escura

nem ferir o próprio coração.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 28/06/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T543763
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