Os colibris

Os colibris esvoaçam sem poisar

As borboletas vivem só uma estação –

"O Homem é o sonho de uma sombra."

Morro de fome de pão

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As abelhas fazem sempre o mesmo mel e

as formigas não se enganam nos carreiros.

De fel é tua taça sapo-concho e

há sempre um bom-pastor para os carneiros.

De cadáveres se alimentam os abutres –

Há sempre uma águia à espreita para a lebre e

de tanto saber a serpente rasteja.

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Só as ondas vão e voltam –

A espuma molda-me os dedos de maresia

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© Myriam Jubilot de Carvalho (1981)

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Do meu livro "E no Fim era a Poesia"

Editorial Vega, Lisboa, 2007

ISBN: 978-972-669-881-5

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NOTA:

O verso assinalado entre aspas, é citação de Píndaro.

Myriam Jubilot de Carvalho
Enviado por Myriam Jubilot de Carvalho em 01/11/2015
Reeditado em 01/11/2015
Código do texto: T5434199
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