Os colibris
Os colibris esvoaçam sem poisar
As borboletas vivem só uma estação –
"O Homem é o sonho de uma sombra."
Morro de fome de pão
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As abelhas fazem sempre o mesmo mel e
as formigas não se enganam nos carreiros.
De fel é tua taça sapo-concho e
há sempre um bom-pastor para os carneiros.
De cadáveres se alimentam os abutres –
Há sempre uma águia à espreita para a lebre e
de tanto saber a serpente rasteja.
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Só as ondas vão e voltam –
A espuma molda-me os dedos de maresia
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© Myriam Jubilot de Carvalho (1981)
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Do meu livro "E no Fim era a Poesia"
Editorial Vega, Lisboa, 2007
ISBN: 978-972-669-881-5
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NOTA:
O verso assinalado entre aspas, é citação de Píndaro.