A costura "têmpora-nuca".

Assim dizendo, lançou-se ao alvo,
esquivando-me dos teus gracejos -
onde só então as noites de virações
trouxeram o calcário ensanguentado;

Que essas feridas de um brutal
esforço permaneçam impacientes
como um pacto;
As peles luziram como sãs despedaçadas
em lídios de beleza
cristalizados.

-

A cega e insensata em meu pescoço
retribui a torção imprópria - e
desmembrando tua doce melhora,
esquece-se do tempo e controle;

Suspensa como flor (em algo que
teu hálito não mate); São tuas pupilas que refletem
as nogueiras - fascinante enfermidade!

-

Porém, o que aparece de súbito matando
algum aspecto frondoso, é a
ave que cisca - em íntimos confortos;
Nunca se unam ao desrespeito libidinoso
da noite honrada - ao abandono!

Em milagre, revi teu olho
em glória excelsa, em prantos:
"Se fores, matarás a luz, serás violenta
com o silêncio; se fores, serás ausente -
inundarás a eternidade, galantemente..."

Perdão, perdão!
Se te projeto aos cuidados
embebidos nos terrores lá de fora;
No surgir do amanhã, essa noite ruidosa
será canção ao bater nos teus ouvidos!
 
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 30/10/2015
Reeditado em 02/11/2015
Código do texto: T5431831
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