Meu Favo de Mel
Escrevo quando estou irrequieta para a alma e as horas se entorpecerem;
E quando me sinto indecisa ponho minhas palavras assim organizadas no papel como pequenos vasos de violeta enfileirados, então elas ficam felizes e bailam harmoniosas;
Quando quero decifrar uma paixão eu a escrevo para que ela, a paixão, conte-me sua história e o que pretende fazer comigo;
Sou surda e muda se não tenho papel e caneta em punho, já que as palavras sopram por entre as dunas do meu pensamento e fogem com o vento.
Só não preciso escrever quando você está comigo, pois as palavras, coitadas, são formiguinhas a cercar você, meu favo de mel, ficam sôfregas para provar você, mas quem prova você sou eu.