Enquanto dormes.


I

Não são embebidos à meia noite
onde os corais encontram-se escuros;
Levam-se raros os pássaros, na sombra do teu cheiro
enciumado por dentro de auréolas imortais -
envoltas em minhas decapitações.


II

É doce o espaço guardado
ao lado de tuas orelhas. Adormeces
contra a força corrente de pensamentos
lânguidos e pesados. Roçam as árvores no peito
arfante pelo teor dos teus cigarros -
escondendo a noite nos abraços das mãos nossas.


III

Sente-se o risco do sol pelejando
no mar aberto da água em fibras ótimas na mistura
com corpos dormentes em preguiça trêmula;
Movimento corrosivo, pendendo das promessas dos ventos -
o assobio das nuvens fugitivas em nossa janela.


IV

Enlaçar o ar da luz diurna
no bater das entupidas veias de mármore
que carregas no braço - brilhantes envoltos
nas cicatrizes da pele morna - amarrado ao teor da madrugada.


V

Então, se diz efêmero o espaço em cortesia sóbria -
enquanto os olhos se abrem adormecidos;
Em vigilância, o cosmo requintado em
nossos metros quadrados são acesos.
E há sorrisos nossos pelas dúvidas oníricas.
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 27/10/2015
Reeditado em 28/10/2015
Código do texto: T5429167
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