Choro

Amedronta-me o silêncio. À madrugada triste
Insiste em dizer algo sem palavra nem gesto
Pirilampos no clarão das luzes desaparecem
Agora nada mais resta se não amar, sonhar e viver.

A paisagem apesar de silenciosa é gostosa demais
O medo do silêncio logo se supera. Já houve tantas
Superações, por que não mais uma firme e de modo
Destemido nessa madrugada triste?

Onde o amor existe cheio de compaixão
Instante em que se refaz união, indo-se
Colher flores dos pinhais, germinando amor
E espalhando paz aos distantes do bem.

Amedronta-me o silêncio porque nele
Não se sabe quem vem, não há anúncio
Nem prenúncio da bondade ou da maldade
Do invisível humano que nele tem.
Se a madrugada dirimisse dúvidas que há em mim,
Talvez eu dissesse: tudo bem... Então sigamos...
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 25/10/2015
Reeditado em 26/10/2015
Código do texto: T5426551
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.