O renascer da Margarida
Ex singela flor, ela, a Margarida,
Caule sem viço, cor da soledade,
Dor, amargura, frieza da verdade,
Exangue, triste desídia, perdida!
Maria dos calvários, sem realidade,
Gólgota cruel os seus amaros dias,
Medo do avanço da idade, mãos frias,
Trama, drama, dura penalidade.
Margarida, tal as “Marias das Dores”,
Os éteres a absorverem suas cores
Tal perfídias de velhos monumentos!
Eis, a ressurgir em novos dias,
Cata as cores dos idos sentimentos,
Ao renascer com suas alegrias.