Pensamento incontrolado

São quase 3 da manhã e ainda ouço o pulsar do meu peito inquieto.

Cenas vividas passam na tela da memoria como se houvessem sido gravadas a minutos atras.

Cada badalada do relógio no meio deste silencio mórbido ecoa como o sino ativo de uma catedral numa cidade abandonada.

É nesta hora que o desespero se acentua, entre todos os contatos, não existe um capaz de realmente suprir a minha solidão, suprir a tua ausência.

Já consumi todo o vinho, mas ele não foi capaz de me consumir.

Penso em você e nas verdades que diz me dizer, penso nas mentiras que suponho me contar, penso no amor que talvez possa existir mas, cade você que de fato não esta aqui?

Penso no que já foi com certa nostalgia.

Penso no que passou com um quê de quero mais.

Penso no que tenho com um ar de sei lá.

Penso no que quero com um jeito de , será?

E o relógio , alheio a todos os sons que me ensurdecem no fundo da cabeça, corre solto sem freios em direção a mais um dia em que nada , nada mudará!