Meus olhos
 
Olhos que olham nos olhos,
Que veem, o que não se pode entender,
Que transmitem para a alma da gente,
Aquilo que não se vê, mas se sente.
Olhos que percebem a verdade,
De quem fala com sinceridade,
Ou de quem tem o mal a esconder.
Olhos cansados das lutas da vida,
Que viram as curas de muitas feridas,
Que se lembram da hora do filho nascer.
Que se recordam do olhar das crianças,
Que encantam o mundo com suas esperanças,
E que deixam pesares por terem de crescer.
São eles, que um dia, a viram fogosa,
Surgir, como uma fada, maravilhosa,
Fazendo meu coração, enfim, disparar.
Guardo na lembrança, aquele momento,
E até o perfume que veio no vento,
Meus olhos disseram: é hora de amar!