Se ele falasse...

Ah, dizem sempre que as paredes têm ouvidos

E... Assim sendo ante a todos nossos ruídos

Imagine se o nosso quarto também falasse...

Bem falaria o que em sussurros me segredavas

Quando arfando emoções te me entregavas

E adentravas a doce flor dos meus sentidos.

Se ele falasse louvaria em ode eterno

O sacrossanto desse amor em sensual poema

O beijo dado em meus lábios de açucena

E o alarido dos desejos em dèjavú...

Repetiria a música de nossos corpos

E a melodia dos acordes de nossa cama

Quando incontidos no fulgor de nossas ânsias

Em simbiose, em sintonia e consonância...

Éramos som, solfejos vibrantes e plenos.

Se ele falasse o que ouviu, viu e sentiu

Quando extremada ao céu me conduzias

Nas fortes asas de tu'alma tão viril

Seria o quarto um poeta ensandecido

E nosso amor sua loucura em poesia...

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Obrigada Sir Aleixenko, pela graciosa interação ao meu texto!

Muito me honra tê-lo aqui!

Eis que entre quatro paredes

Acontecem coisas e amores

No chão, na cama ou redes

Nem sempre tudo são flores

Os realmente apaixonados

Amam-se e trocam juras

Aqueles menos engajados

Confessam suas amarguras

Num quarto revelam-se segredos

Têm-se ápice de satisfação

Exalam-se alguns odores azedos

E corpos penetram em união

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Saudações de amizade e admiração.

(Aleixenko)