Ante do Tempo.
Me entrego, de pudores na carne,
Aberto, como as flores carmesins,
Frente do prazer que nos enamora.
Ante do tempo que nos enclausura!
Louco é o teu beijo que me tens,
Perdido, amante e teu escravo!
Trago-te todas as minhas emoções.
Esmurrando o vento pela noite.
Estou, sempre por estes encontros,
Tudo o que conhecemos, nos pertencem!
Pois a vida, já conhece, nós dois.
E cá, vens, por um dia, procurar-me,
Nas asas do tempo dos arcanjos.
Pelos solos benditos aos céus galantes.