Poeta de Porão

O que escrevo ninguém lê,

à minhas rimas não dão valor,

são todas feitas para você,

inspiradas pelo mais bonito amor.

Sou poeta de porão,

a procura duma luz,

de alguém descobrir meu coração,

de colar nossos corpos nus.

Sou o milho que não virou pipoca,

sou o diamante bruto,

o segredo da fofoca,

o pingo que foi enxuto.

Eu trocaria esta mudança

pelo teu reconhecimento,

ainda vivo da esperança

de na tua vida não ser fragmento.

Sou poeta de porão,

sou rabisco do sucesso,

escrevo de coração,

na paixão sou réu confesso.

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 20/10/2015
Reeditado em 22/08/2020
Código do texto: T5420550
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