Acalanto para tua ausência
O corpo entregue de praia
imenso aconchegado mar
flutua na melhor infância
magnífica mania de colo
e a dança mística
num dia de muitos sóis
(brilhos multiplicados pelas ondas)
falésias observam despretensiosas
- rochas esculpidas pelo oceano-
uma perspectiva que desconheço
são redutíveis os meus encantos
mas o primor dos meus sentidos
são larvas de nenhum emblema
são teus, apenas;
na visão caleidoscópica de plumas
palpitando invisível
na audição turva embalada
marejada de balanço
meu paladar é água de coco
e a captação sensorial alívio
dos bons ventos de agora
qualquer razão é acalanto
onde tua ausência mora.