Amo-te como amo a poesia
Não importa a quantidade
de poesias vivas aqui dentro
do meu peito, corpo, alma, na
terra, nas calçadas onde
ponho estes pés calejados.
Todos os sentimentos são
abrangentes, visíveis.
Atenuo quando a saudade vem.
Sou um poeta.
Amei o ontem, hoje, e também
amarei o amanhã.
Vou amar até as folhas se acabarem.
Amo nos sonhos que ainda não sonhei.
Amo os dias por onde passam, você.
Amo sem definições.
Simplesmente amo.
Só amo-te.
Com a quantidade de poemas
que há em mim.
Desde que me brotei dentro delas.
Mesmo assim, acabo por amar
ainda mais.
Luciana Bianchini