Desenho
Agarrada a poesia
vivo assim o dia a dia
sem esforço
faço um esboço
e triplico-me
sem missas
sem confissões
ultrapasso os pecados
nas minhas preces
e o castigo
repete-se
não há compreensão
nesta devoção
presa acredito
em fadas e duendes
e na selva escondo-me
cansada
já não tenho coração
foi roubado
e abandonado
outra vez
sozinha
liberto-me