Alma Infundada
O vento sul gela minh'alma
Me faz desejar o teu calor
Uma manhã, um despertar e ao teu lado recomeçar.
Mas a incerteza do porvir, atordoa, desatina.
É um enigma para decifrar, um labirinto para desvendar
Meu Deus! Que tanto meu pensamento trabalha, que nunca se acalma?
Que tanto arquiteta esse meu intento, não sabe já que tudo é sem fundamento?
O amor não tem prazo de validade,
Não tem no curso um traçado reto.
Não pode ser visto como um bandido
Muito menos como um moçinho.
Então como prever o seu caminho?
Tu me falas de amor eterno, faz juras desse mesmo amor
Mas como eternizar algo que não se domina?
Me cansa essa busca pela certeza
Tempos difíceis,
Querer acreditar que mesmo longe se pode estar perto.