Biografia

Certa vez olhei no espelho e me admirei,
Estava tão carente, que a vida fiz idolatrar.
Eu ainda era um menino que nem sinal
De rugas no rosto trazia. Maravilha!


À medida que o tempo passava, eu amava...
O subconsciente reclamava da inocência
Que confiava na capacidade da emoção, 
Coração fascinava pela nobreza
Do olhar e leveza da ilusão. Que beleza!

Maravilha e na trilha do destino como todo menino
Que corria e brincava e os pais não ouvia eu ia...
Eu amava como ama um boêmio apaixonado
Que molhado de sereno para casa não quer voltar. Uff...!

O tempo foi implacável, o rosto ja cansado eu dizia:
Vou amar Joana Darck, abraçar e beijar a doce Maria,
Mas a vida de mim sorria feito o sol ao amanhecer
Até que um dia santa inocência pôs-se a morrer. Nossa!

Pus os pés no chão, passei a lutar como luta um guerreiro
Que primeiro se protege com medo da traição,
Tornei-me um amante que antes olha lá fora para ver
Se tem alguém adentrar para invadir seu coração. Tinha não!

Estabilizou-se a emoção, a vida tornou-se mais tranqüila
Só restou saudade da infância que não volta nunca mais.
Também pudera!