Efêmero

Sem nenhuma sutileza

o vendaval da tua presença

cometeu a proeza

a indelicadeza

de me invadir

e causar desordem

em cada certeza

que a minha esperteza

insistia em concluir

Mas como todo vendaval

barulhento e devastador

impetuoso e passageiro

a efemeridade da tua estadia

me faz correr o risco do vazio

e do silêncio tedioso da calmaria

(quisera eu ser imune à tua destruição

mas quando te vejo

sou folhas de outono

perdida em tuas mãos)

Laís Debastiani
Enviado por Laís Debastiani em 11/10/2015
Reeditado em 13/10/2015
Código do texto: T5411450
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