Sete Mares
Meu navio navegava em calmo mar,
As ondas bailando ao meu olhar...
Assim era como a vida me levava.
E eu navegando deixava.
Enfrentei bravas tempestades,
Percorri o mundo, muitas cidades.
Conheci amores, eu concordo.
Viajei na popa e a estibordo.
Mas sempre estive confiante
No capitão, que leva adiante
Este marinheiro sem temor
Sempre feliz ao seu dispor.
Mesmo se eu pedisse
Pra me levar ao paraíso,
Cheio de crendice
E sem tanto juízo,
Jamais poderia acreditar
Que por este imenso mar
Ele poderia me conduzir
Onde não imaginava ir!
O paraíso em pleno oceano?
Esse oceano que é nosso mundo?
Sem levar nenhum plano,
Nem lá no mais profundo
Do casco desta embarcação!
Este tão amado guia
Pegou firme meu coração.
Nem viu se ele gemia,
Colocou-o num barquinho
E assoprou bem forte.
Ele foi apertadinho
Com medo da morte...
Mas na fé ele abraçou
E quando o vento parou,
Viu o tempo parado
E bem ao seu lado
Uma lancha formosa
E sob uma leve neblina
Com perfume de rosa
Uma linda menina
De sorriso encantador
Corpinho cheiroso,
Beleza de flor
Olhar verde formoso!
Logo me enchi de coragem
E de perto fui comprovar
se não era uma miragem
Que viera me enganar!
Mas era pura verdade
A minha felicidade
Ao reconhecer de frente
Aquele sentimento ardente!
Arder em brasa no peito
Quando abracei-a forte
Bem "do nosso jeito",
E nessa hora o Norte...
Não podendo desnortear,
Cumpriu sem perder o porte,
A nós dois encontrar,
Nos trazendo muita sorte!
Mais de trinta anos a fio,
Navegamos sem parar,
Passamos sede e frio,
Sem nunca desanimar,
Meu coração já sabia
Lá fundo de minh' Alma,
"Eu te amo" repetia
Em mantram, com calma.
Desde inocente criança
Sobreviveu a esperança,
De neste navio embarcar
E com destino certo viajar.
Mesmo errando como Cabral,
Que sem querer descobriu,
Em sua majestosa nau,
Nosso querido Brasil.
Tomei água salgada,
Enjoei de tanto balanço,
Muita gente malvada,
Mesmo assim eu não canso!
Mas na fé pelo Capitão,
Que pilota nossa vida,
Fugiu de nossa mão,
Não tivemos saída.
Na ilha da fantasia
Cheia de luz e alegria
Tivemos bem pertinho
Nosso doce ninho.
Bem no meio, o jardim.
Lindo e cheio de cor.
Onde você deu pra mim,
O mais puro Amor!
Formamos uma bela história,
Que mesmo sem grande glória,
Assistiu o céu e o mar,
O sol e o luar.
Agora já de volta no porto,
Com o coração torto,
De tanto segurar,
Nos lançamos ao mar!
Juntos colocamos
Numa garrafa selada,
O que registramos,
Minha doce amada.
E bem longe lançamos,
Lá no meio do imenso mar!
E quem sabe daqui alguns anos,
Nós mesmos vamos encontrar.
Mesmo que seja ao Leste,
Ao longínquo Sul ou ao Oeste!
Que seja muito além do Norte,
Mesmo além de nossa própria morte...
Na fé viajo em paz e confiante,
Mais uma esperançosa vez,
Seguirei o meu coração,
Pois ele é meu timão!
Enfim, querida espere,
E não se desespere,
Nos sete mares vou procurar,
E um dia de novo vou te achar!
Meu navio navegava em calmo mar,
As ondas bailando ao meu olhar...
Assim era como a vida me levava.
E eu navegando deixava.
Enfrentei bravas tempestades,
Percorri o mundo, muitas cidades.
Conheci amores, eu concordo.
Viajei na popa e a estibordo.
Mas sempre estive confiante
No capitão, que leva adiante
Este marinheiro sem temor
Sempre feliz ao seu dispor.
Mesmo se eu pedisse
Pra me levar ao paraíso,
Cheio de crendice
E sem tanto juízo,
Jamais poderia acreditar
Que por este imenso mar
Ele poderia me conduzir
Onde não imaginava ir!
O paraíso em pleno oceano?
Esse oceano que é nosso mundo?
Sem levar nenhum plano,
Nem lá no mais profundo
Do casco desta embarcação!
Este tão amado guia
Pegou firme meu coração.
Nem viu se ele gemia,
Colocou-o num barquinho
E assoprou bem forte.
Ele foi apertadinho
Com medo da morte...
Mas na fé ele abraçou
E quando o vento parou,
Viu o tempo parado
E bem ao seu lado
Uma lancha formosa
E sob uma leve neblina
Com perfume de rosa
Uma linda menina
De sorriso encantador
Corpinho cheiroso,
Beleza de flor
Olhar verde formoso!
Logo me enchi de coragem
E de perto fui comprovar
se não era uma miragem
Que viera me enganar!
Mas era pura verdade
A minha felicidade
Ao reconhecer de frente
Aquele sentimento ardente!
Arder em brasa no peito
Quando abracei-a forte
Bem "do nosso jeito",
E nessa hora o Norte...
Não podendo desnortear,
Cumpriu sem perder o porte,
A nós dois encontrar,
Nos trazendo muita sorte!
Mais de trinta anos a fio,
Navegamos sem parar,
Passamos sede e frio,
Sem nunca desanimar,
Meu coração já sabia
Lá fundo de minh' Alma,
"Eu te amo" repetia
Em mantram, com calma.
Desde inocente criança
Sobreviveu a esperança,
De neste navio embarcar
E com destino certo viajar.
Mesmo errando como Cabral,
Que sem querer descobriu,
Em sua majestosa nau,
Nosso querido Brasil.
Tomei água salgada,
Enjoei de tanto balanço,
Muita gente malvada,
Mesmo assim eu não canso!
Mas na fé pelo Capitão,
Que pilota nossa vida,
Fugiu de nossa mão,
Não tivemos saída.
Na ilha da fantasia
Cheia de luz e alegria
Tivemos bem pertinho
Nosso doce ninho.
Bem no meio, o jardim.
Lindo e cheio de cor.
Onde você deu pra mim,
O mais puro Amor!
Formamos uma bela história,
Que mesmo sem grande glória,
Assistiu o céu e o mar,
O sol e o luar.
Agora já de volta no porto,
Com o coração torto,
De tanto segurar,
Nos lançamos ao mar!
Juntos colocamos
Numa garrafa selada,
O que registramos,
Minha doce amada.
E bem longe lançamos,
Lá no meio do imenso mar!
E quem sabe daqui alguns anos,
Nós mesmos vamos encontrar.
Mesmo que seja ao Leste,
Ao longínquo Sul ou ao Oeste!
Que seja muito além do Norte,
Mesmo além de nossa própria morte...
Na fé viajo em paz e confiante,
Mais uma esperançosa vez,
Seguirei o meu coração,
Pois ele é meu timão!
Enfim, querida espere,
E não se desespere,
Nos sete mares vou procurar,
E um dia de novo vou te achar!