Canto ao fim da noite
A noite parecia interminável
De tantas imagens para se trazer
Apenas a forma do teu rosto
Suave contorno sob minha mão
A aurora excitava o sabiá
Prenuncio de beleza a surgir
O canto majestoso de um rei
A inflamar meu inquieto coração
No quarto a batalha incessante
Entre as cortinas um vislumbre
Uma cama fria e os Lençóis soltos
Comprida noite estranha sensação
Vem a alvorada dourando os ramos
A vida entre sons, ruídos, e cores
Permita-me cantar a ti o meu amor
Rainha receba esta sincera oblação!
Eu, agora - que desfecho! Já nem penso mais em ti... Mas será que nunca deixo de lembrar que te esqueci? (Mario Quintana).