Canção de outono...
Meu soneto mais bonito...
Meu amor mais voraz.
Meus sonhos proibidos.
Meus olhos no infinito é assim que eu sei amar.
Amar com alma e fogo que derrete as geleiras do escuro.
Amor que invade e cala deixando só o silencio dos gemidos.
Gemidos que suavemente tocam seus ouvidos...
Quanta vez quis estar deitada em suas asas.
Quantas noites ouvem o bater delas e em sonhos toquei por te amar em silencio.
Quando só precisava você bater a porta.
Ou sussurrar com a suavidade de sua voz gostosa, arrancando falas de amor.
Voar sempre sonhei em teus braços voar.
Não como nos filmes de amor, mas como nas canções de outono.
Acalentadoras, soberanas, majestosas e fieis.
Não percebi se as asas eram verdadeiras só sei que vivi por elas existir em você.
Se é mau ou bem, tanto faz melhor assim.
Melhor calar que agoniar um coração apaixonado...
Espero chegar outro outono para ver se o soneto de teu cantar bata na janela.
Deixo todas as noites as janelas abertas.
Ahhhh ainda sou tua menina...
Aquela manhosa pedindo colo e carinho.
Porem não carente simplesmente tua.
Toda e unicamente tua.
Quero morar tua fala, tua pele nua e suada.
Te levar para meus lençóis negros de seda.
Ao toque da luz suave de minhas velas e cristais fazendo arco-íris no teto do quarto.
Botar fogo nas cartas de amor e só ouvir de teus lábios que sou tua flor delicada.
Correr através de teus olhos de homem protetor.
Me assegurar de que jamais vou sais novamente de suas asas macias, encantadas.
Para nunca mais sentir saudades.
Pois nunca ouve outro alem de você.
Anjo meu, olhos negros meus, e assim me faço tua totalmente tua.