E QUANDO HOUVER LUZ
Conheci e permaneceu em mim
lembranças de uma inesquecível paisagem,
mas acentuado mesmo foram os
espinhos na carne depois que o acaso me fez
conhecer o outro lado da história...
Falsas juras, sorrisos e abraços ornados
e condimentados com mentiras, como
palavras que o vento se encarregou de
fazer desaparecer no vazio do nada.
Dissimulações corroendo um sentimento
como todas as douradas esperanças, obra
mordaz provocando sepultamento de um afeto,
como as lavas do Vesúvio sepultaram Pompeia.
Mas a noite sempre cedeu seu lugar para
um novo dia e já se ouve a algazarra
dos pássaros que como verdadeiros arautos,
noticiam a chegada dos primeiros
e esperados raios solares...
E quando houver luz fazendo desaparecer
o terreno árido por onde caminhei, vou encontrar
meu oásis onde guardei com extremo cuidado
um verdadeiro sentimento meu único bem...