DANÇA DOS ASTROS
A lua sempre altiva
não dá chances ao sol.
E o pobre astro a sofrer,
queima de tantos desejos,
querendo o corpo daquela
perversa sem compaixão,
que com os poetas flerta,
com os planetas namora,
com as estrelas dança
mas não é de ninguém.
A minha lua cativa,
brilhante como farol,
domina todo o meu ser
quando me cobre de beijos.
Não sei mais viver sem ela,
dona do meu coração,
presente na medida certa,
não importando a hora.
Choro feito criança
quando ela não vem.