DISTANTE

DISTANTE

Tinha a esperança

quando nascia o sol,

que viesses trazida pela luz.

A esperança se renovava

quando voltava a lua,

mas também nunca estavas com ela.

O vento passou

sem que seu sopro te trouxesse.

nenhum passarinho me contou.

Todas as ondas do mar vieram para a areia,

mas nenhuma delas te acompanhava.

Horas a fio,

invejava os ponteiros do relógio

que a cada uma delas se encontravam.

A esperança que ficasses

ia embora quando o sonho se acabava.

Tanto sofrimento, enfim, não guardava sentido,

virias com o tempo, era só esperar.