ALMA ENFIM LIBERTA
Por que andar se não tenho onde chegar?
Se caminhos findaram, pedras rolaram,
saudades cresceram em tosseiras de capim
pelas escarpas cristalinas da ilusão!
Abismos surgiram dividindo o pensar do agir
e deixando-me perplexa diante da erosão!
A comoção que se fez num instante assim
prorroga-se por tantos e tantos anos sem fim
num desespero que agrilhoa a alma ao corpo
e desata a dor da saudade de tudo que passou!
Tempos vívidos e vividos nas áureas da vida
de um amor jamais esquecido, de um sonho
tão pouco entendido, que em mim exponho!
Morre agora comigo, na hora fatídica o fim,
do desenlace,do corpo amigo que a alma, enfim,
liberada, despede-se em voo aos céus de mim!
Eugênia L.Gaio-29/09/2015